quinta-feira, junho 02, 2011

Síndrome das pernas inquietas - Nome estranho para uma condição comum

Muita gente, especialmente aqueles portadores de diabetes e doença de Parkinson, já deve ter sentido, ou sente, quando vai deitar um incômodo nas pernas, como algo subindo oud escendo, ou formigamento nas pernas, e que só melhora quando a pessoa mexe as pernas ou anda pela casa. Estes sintomas costumam ocorrer mais a noite, mas podem ocorrer em qualquer hora do dia no momento em que o paciente relaxa ou deita para repousar. Estes sintomas definem uma síndrome antiga, descrita há mais e 300 anos, e que somente há pouco tempo chamou a atenção dos médicos e dos leigos - a Síndrome das pernas inquietas (SPI) (Restless Leg Syndrome, em inglês).

Definida como um quadro caractertizado por sensações desconfortáveis nas pernas/pés, podendo também em casos mais graves acometer os membros superiores, que ocorrem ao repousar ou deitar, mais especialmente a noite, e que só melhoram (parcial ou totalmente) quando o apciente mexe as pernas ou anda, a SPI não possui causa definida, apesar de que várias possíveis causas já foram sugeridas. Entre elas, há causas genéticas, em que a doença aparece em pacientes jovens sem nenhuma doença antecedente, e há história familiar. A deficiência de ferro no cérebro é outra causa, mas não tem relação com anemia. A deficiência de dopamina em certas áreas cerebrais pode ter relação com o fato da SPI ocorrer também na doença de Parkinson. Gestação pode causar sintomas tenporários.

O diagnóstico é feito por médico especializado, já que é necessário conhecer a doença para diagnosticá-la. Não há exames que dêem o dioagnóstico, mas sugere-se que sejam pedidos exames de tireóide, ferro sérico e ferritina (que é a forma como o ferro é armazenado no corpo), vitamina B12 e ácido fólico (deficiencia de vitamina pode ocorrer junto), exame de função renal (uréia e creatinina, já que doençå renal pode ser causa do problema), exames de diabetes (uma das causas de SPI) e em alguns casos eletroneuromiografia (o famoso exame de choques e agulhas, para verificar se há doença dos nervos periféricos).

A doença é benigna, e de evolução lenta, mas o médico precisa verificar se o diagnóstico é esse mesmo, e a causa, pois as vezes a causa pode ser grave, como uma doença renal ou diabetes. O tratamento é feito com várias medicações, a critério do seu médico. Um dos critérios para se decidir a medicação a ser usada é a presença de dor juntamente com os sintomas, que não raro ocorre.

Agora que você já conhece que essa doença existe, caso você sinta sintomas parecidos com esses, vá a um médico, e melhora sua qualidade de vida.