segunda-feira, maio 14, 2012

Caminhada tem impacto positivo contra depressão



Notícia tirada do site UOL ciências (leia aqui)


Uma simples caminhada rápida nos arredores de casa pode ter um papel importante no combate à depressão, segundo pesquisadores de uma universidade na Escócia. Estudos anteriores já haviam demonstrado que exercícios vigorosos aliviam os sintomas da depressão, mas o efeito de atividades menos árduas ainda não foi analisado em profundidade.
O novo estudo publicado na revista científica Mental Health and Physical Activity afirma que "caminhar é uma forma de intervenção efetiva contra a depressão" e tem resultados similares aos de formas mais vigorosas de exercício. O estudo da Universidade de Stirling analisou dados de oito pesquisas com um total de 341 pacientes.
"A caminhada tem a vantagem de poder ser praticada pela maioria das pessoas, de implicar pouco ou nenhum custo, e de ser relativamente fácil de incorporar à rotina diária", dizem os autores.
Os pesquisadores admitem, no entanto, que mais pesquisas precisam ser feitas sobre o assunto. Ainda há questões sobre a duração, a velocidade e o local onde a caminhada deve ser realizada.

Uma em cada dez pessoas enfrenta depressão em algum momento da vida. Apesar de o problema poder ser tratado com medicamentos, a prática de exercícios é muitas vezes prescrita por médicos como tratamento contra formas mais brandas da doença.


Ainda não se sabe exatamente como os exercícios ajudam no combate à depressão. Os pesquisadores dizem que eles podem funcionar como uma distração dos problemas, dando uma sensação de controle e liberando hormônios do "bom-humor".
A ONG de saúde mental Mind diz que suas próprias pesquisas indicam que só o fato de passar tempo ao ar livre já ajuda pessoas com depressão.
"Para aproveitar ao máximo as atividades ao ar livre, é importante encontrar um tipo de exercício que você goste e que possa fazer regularmente. Tente coisas diferentes, como caminhar, andar de bicicleta, fazer jardinagem ou até nadar na natureza", aconselha Paul Farmer, presidente da ONG.
"Fazer exercícios junto a outras pessoas pode ter um impacto ainda maior, já que oferece uma oportunidade de reforçar laços sociais, conversar com outras pessoas sobre seus problemas ou simplesmente rir e aproveitar o tempo longe da família e do trabalho. Então, peça a um amigo para se juntar a você."

Exercício altera o modo como o cérebro reage à visão de alimentos, mostram estudos

Notícia tirada do site da UOL Ciências (leia aqui)



Algumas pessoas reagem à prática de exercícios físicos comendo mais. Outras comem menos. Por muitos anos, os cientistas acreditaram que as alterações hormonais, estimuladas pelos exercícios, ditavam se o apetite das pessoas aumentava ou diminuía depois dos treinos. Agora, porém, a nova neurociência está indicando uma outra causa provável. O exercício pode influenciar a vontade de comer, sugerem dois estudos recentes, alterando o modo como certas partes do cérebro reagem à visão de alimentos.
Em um dos estudos, os cientistas levaram 30 jovens, homens e mulheres fisicamente ativos para duas sessões experimentais nas quais tiveram a cabeça coberta por bobinas de ressonância magnética funcional para monitorizar a atividade das porções do cérebro conhecidas como sistema de recompensa alimentar, que incluem a ínsula (de nome poético), o putâmen e o opérculo rolândico. Essas regiões do cérebro controlam nosso gosto por uma comida e desejo de comê-la. Em geral, quanto mais atividade houver nas células que as compõem, mais teremos vontade de comer.
Observe a ínsula:
http://www.auladeanatomia.com/neurologia/insula.jpg
Observe que ela fica dentro do cérebro, e tem esse nome por que parece uma ilha no interior do cérebro, daí o nome ínsula (insulae) em latim, ilha.
O putâmen, você pode ver melhor aqui. Já o opérculo rolândico é essa região em verde abaixo, e cujo nome deriva da grande cisura (espaço entre giros cerebrais) chamada de Cisura ou Sulco de Rolando:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/b/b3/Operculum.png/250px-Operculum.png
Porém, não estava claro como o exercício altera o sistema de recompensa alimentar. Para descobrir isso, os pesquisadores pediram que os voluntários se exercitassem vigorosamente em bicicletas ergométricas computadorizadas ou ficassem calmamente sentados durante uma hora antes de se acomodarem nas mesas de ressonância magnética. Na segunda sessão, os voluntários trocavam de atividades.
Imediatamente depois, os participantes assistiram ao disparo de uma série de fotos em telas de computador. Algumas retratavam frutas, vegetais ou grãos nutritivos de baixo teor de gordura, enquanto outras exibiam cheeseburgers, sundaes e biscoitos resplandecentes. Algumas fotos que não eram de alimentos foram intercaladas na série.
O sistema de recompensa alimentar dos voluntários que ficaram sentados por uma hora se manifestou, especialmente depois de verem as imagens de itens açucarados e de alto teor de gordura.
Contudo, se tivessem se exercitado antes, durante uma hora, essas mesmas pessoas teriam mostrado um interesse muito menor na comida, de acordo com o exame cerebral realizado nelas. Sua ínsula e outras partes do sistema de recompensa alimentar teriam se mantido relativamente tranquilas, mesmo frente aos sundaes.
Embora os cientistas não tenham seguido os voluntários para verificar se eles se alimentaram em um restaurante do tipo coma-quanto-puder nos dias em que se exercitaram, eles disseram, ao responderem o questionário, que se sentiram muito menos interessados em procurar outros alimentos após praticarem o exercício do que após descansarem.

Causas da Síndrome de Horner

Após explicarmos o que é a síndrome de Horner (leia aqui), temos de comentar as causas mais comuns dessa síndrome, até por que ela não ocorre por acaso.

Este tópico não tem a pretensão de diagnosticar ninguém, muito menos exaurir todos os diagnósticos, e muito menos ainda servir como consulta médica. Serve apenas como consulta. Caso você sinta algo semelhante ao que vou descrever, procure um médico.

A síndrome de Horner pode ser causada por lesões desde a origem do trato simpático, no hipotálamo, no local de passagem das vias simpáticas pelo tronco cerebral, como na medula, na saída dos nervos que vão para a face e olhos, e mesmo nos próprios nervos que carregam as fibras simpáticas para a face saindo da medula.

Lesões como tumores ou sangramentos (hemorragias cerebrais) no local de origem da via, no hipotálamo ou tálamo, podem causar o problema, mas certamente não de forma isolada, ou seja, sempre há outros sinais e sintomas que sugerem doença cerebral.

Placas de esclerose múltipla na região do hipotálamo ou medula podem causar síndrome de Horner. Lesões do tronco cerebral, como a ponte ou o bulbo, podem causar a síndrome também.

Veja abaixo:

https://encrypted-tbn2.google.com/images?q=tbn:ANd9GcTUvjKcAuBho1MLYgpa1PAw-cFfhSqdU0F2dvxMj4_3O5gLUPH8SQ
A parte colorida em verde, roxo e azul da figura é o tronco cerebral, e pela sua parte posterior passa o trato simpático. 

Lesões da medula podem causar síndrome de Horner, geralmente acima da segunda vértebra torácica ou dorsal. Lesões traumáticas (trama medulas), tumores medulares, placas de esclerose múltipla, infartos medulares (lesões vasculares) todas podem causar a síndrome, mas geralmente esta não ocorre de forma isolada, havendo tipicamente sinais ou sintomas de doença da medula.

Cirurgias do pescoço, da cavidade torácica (onde fica o pulmão), da laringe, traumas a estes locais, podem lesar a cadeia simpática, o conjunto de nervos que leva a inervação simpática ao crânio, e levar à síndrome de Horner.

Tumores localizados no pescoço, no ápice (parte mais alta) do pulmão, na laringe, nos linfonodos (gânglios) cervicais, tuberculose nestas regiões, lesões de vasos importantes como a aorta ou a carótida, podem levar à síndrome de Horner.

Cirurgias de tireóide também podem ser causa. E dores de cabeça primárias, como a cefaleia em salvas (leia aqui) e dores mais raras como a hemicrania paroxística e a hemicrania contínua podem causar síndrome de Horner enquanto dura a dor. 

Veja que as causas são muitas. Logo, não se assuste, e se você ou seu médico suspeitar da síndrome de Horner, o melhor a se fazer é manter a calma e procurar a causa, que muitas vezes pode ser benigna. E nunca se auto-medique.